Cúpula em Washington busca cessar-fogo humanitário de três meses no Sudão diante de crise sem precedentes e milhares de deslocados internos.

Um encontro de grande relevância está programado para acontecer em Washington na próxima sexta-feira, onde representantes dos Estados Unidos, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Egito se reunirão com as partes diretamente envolvidas no conflito sudanense. O principal objetivo desse encontro será pressionar os envolvidos a aceitarem um cessar-fogo humanitário que perdure por três meses. O contexto da reunião se insere em um cenário crítico, onde a esperança é que a pausa nas hostilidades possa eventualmente se transformar em um cessar-fogo permanente, facilitando a transição do poder para autoridades civis no Sudão.

A crise no Sudão, que completou dois anos em abril deste ano, tem sido marcada pela intensa violência entre as Forças Armadas Sudanesas (SAF) e as Forças de Apoio Rápido (RSF). Até o momento, o conflito resultou em mais de 12 milhões de deslocados e dezenas de milhares de vidas perdidas, caracterizando-se como uma das piores crises humanitárias da atualidade. As repercussões desse confronto são feltas em diversas frentes, incluindo a fome generalizada que se espalha pelo país.

No mês passado, um apelo foi feito por esse grupo de países para que fosse instaurada uma trégua humanitária, seguida de um cessar-fogo duradouro e de uma transição para um governo civil. Contudo, as autoridades sudanesas mostraram resistência e não avançaram com a proposta de paz sugerida. O governo do Sudão rejeitou a ideia de que tanto as forças armadas quanto as RSF fossem excluídas do processo político que seria estabelecido após a resolução do conflito.

O formato das negociações em Washington será de reuniões separadas com cada uma das partes envolvidas, permitindo um diálogo direto e, espera-se, produtivo. Essa abordagem é vista como uma tentativa de contornar as divergências e dificuldades enfrentadas nas tratativas anteriores. A comunidade internacional, por outro lado, observa atentamente os desdobramentos, na expectativa de que soluções efetivas possam surgir diante de uma situação que já dura tempo demais e que afeta a vida de milhões de sudaneses.

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