Cúpula do BRICS em Kazan debate inclusão de inteligência artificial e reforma da governança global, destacando novos temas de cooperação entre os países membros.



A Cúpula do BRICS, que ocorrerá entre os dias 22 e 24 de outubro em Kazan, na Rússia, está gerando expectativa em torno da sua declaração final, que promete abordar uma série de temas relevantes. O embaixador Eduardo Paes Saboia, secretário para Ásia e Pacífico do Itamaraty, revelou que o rascunho da declaração está sendo elaborado e deve incluir tanto tópicos tradicionais, relacionados à cooperação financeira entre os países membros, quanto temas emergentes, como a inteligência artificial.

Saboia destacou que a discussão sobre novos países parceiros do BRICS está em andamento, atraindo considerável atenção da mídia. Ele enfatizou a importância da inteligência artificial para o futuro, afirmando que, embora não se saiba exatamente como esses assuntos serão refletidos na declaração final, essas discussões são cruciais. A expectativa é de que a declaração seja extensa, refletindo a diversidade de tópicos abordados pelos países do BRICS, que vão desde questões do Oriente Médio até tecnologia e mudanças climáticas.

Outro ponto importante abordado por Saboia é a necessidade de reforma da governança global, que engloba não apenas mudanças na Organização das Nações Unidas (ONU), mas também em outras instituições internacionais, como a Organização Mundial do Comércio (OMC). Ele argumentou que muitos acordos internacionais estão em um estado de deterioração e que é fundamental que o BRICS convoque uma reforma das instituições, promovendo um papel mais robusto para a ONU no sistema internacional.

A cúpula ocorrerá pela primeira vez após a inclusão de novos membros, como Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos, Irã e Arábia Saudita, aumentando a complexidade das discussões e a diversidade de perspectivas. Embora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participe por videoconferência devido a um acidente doméstico, a comitiva brasileira será liderada pelo chanceler Mauro Vieira. Em suma, o evento promete ser significativo, reunindo 36 países e seis organizações internacionais, configurando-se como um dos maiores encontros de política externa já realizados na Rússia.

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