Cúpula das Américas é adiada para 2026 devido a divergências políticas e ausência de consenso entre países da região, afirma governo da República Dominicana.

O governo da República Dominicana anunciou nesta segunda-feira (3) que a décima edição da Cúpula das Américas foi adiada para 2026. Esta decisão, divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores dominicano, reflete a necessidade de um consenso mais robusto entre os países da região, em meio a um cenário político conturbado.

Em um comunicado oficial, o governo ressaltou que a decisão de postergação ocorreu após uma análise aprofundada da atual situação política do continente. O ministério informou que manter a cúpula nos próximos meses não seria viável, levando em consideração as particularidades de cada nação envolvida. O governo dominicano trabalhou em conjunto com parceiros estratégicos, como os Estados Unidos, que são os fundadores do fórum, e outros países importantes, para chegar a essa conclusão.

A cúpula estava inicialmente marcada para os dias 4 e 5 de dezembro deste ano, em Punta Cana, um dos mais renomados destinos turísticos do país. No entanto, a decisão de não convidar países como Cuba, Nicarágua e Venezuela provocou uma onda de críticas que resultou na retirada de participantes como México e Colômbia, evidenciando as divisões existentes entre os Estados membros.

O comunicado ainda destacou que, ao assumir a responsabilidade de sediar a cúpula em 2022, a República Dominicana não poderia prever as complexas divergências que emergiriam e dificultariam o diálogo entre os países do continente. Além disso, os recentes eventos climáticos que impactaram várias nações caribenhas foram apontados como fator complicador.

As autoridades dominicanas garantiram que os recursos alocados para a preparação do evento serão mantidos e utilizados na próxima edição da Cúpula das Américas, incluindo as reuniões interamericanas previamente programadas. Durante este período de espera, o governo pretende conduzir novas consultas para definir uma data definitiva e buscar uma ampliação do diálogo, levando em conta novas administrações que surgirem após eleições democráticas. Essa abordagem mostra a intenção da República Dominicana de reafirmar seu compromisso com a colaboração e a promoção do debate entre as nações da América.

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