Por: Erika Basílio
Comemorações com música alta e fogos de artifício são típicas desta época do ano. Com isso, é importante ter cuidados com quem é mais sensível a barulhos: os pets.
Segundo a médica veterinária Laís Oliveira, a reação dos animais de estimação a esse tipo de barulho acontece porque a audição deles é mais sensível, o que os torna mais vulneráveis a ruídos altos. “Por exemplo: enquanto o ouvido humano consegue discriminar sons entre 20 Hz (frequência mais grave) e 20.000 Hz (frequência mais aguda), os cães ouvem frequências entre 40 Hz e 60.000 Hz, e os gatos são capazes de detectar frequências ainda maiores, de 48 Hz a 85.000 Hz”.
Por isso, é preciso fazer uma preparação antecipada para manter a calma e o bem-estar do animal. “É importante fazer um treinamento de dessensibilização, oferecendo brinquedos, petiscos e carinho enquanto expõe o pet a sons de fogos em volumes baixos, aumentando gradualmente para que ele se acostume”, explica Laís.
Esses sons podem ser encontrados facilmente na internet, e o treinamento precisa ser feito de quinze a trinta dias antes. “Também é importante manter uma rotina estruturada, com horários regulares para alimentação e passeios. Isso transmite segurança ao pet em diversos aspectos”, complementa a médica veterinária.
É muito importante não deixar o pet fora de casa ou preso em coleiras ou guias, pois isso pode causar ferimentos e até enforcamento em caso de tentativa de fuga. O ideal é deixá-lo em um ambiente onde se sinta seguro e acolhido.
Em caso de reações extremas ao barulho, é importante seguir alguns passos: “Mantenha a calma e fique perto do pet; mantenha-o deitado de lado em um local confortável e, de preferência, acolchoado, cuidando para que ele não bata a cabeça; caso a crise não passe após dois minutos, procure assistência veterinária imediatamente”.
Há também a possibilidade de uso de medicamentos, porém somente com prescrição médica. “É necessário consultar um médico veterinário para prescrever os medicamentos mais adequados e ajudar seu pet na regulação da ansiedade, do medo ou de possíveis crises convulsivas. Cada pet é único e pode contar com diversos tipos de medicamentos manipulados, feitos na dose certa, com formas farmacêuticas e sabores diferenciados”, finaliza a médica veterinária.
