Rosana Lazzarini, diretora da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e especialista em alergias, trouxe à luz outras causas para a ocorrência dessas alergias. “Na pele, vários produtos de uso diário podem causar dermatite alérgica de contato”, alerta. Ela cita objetos de metal que contêm níquel, como bijuterias, fivelas de cinto, agulhas de costura, tesouras e alicates de cutícula como os principais vilões. Além disso, muitos cosméticos possuem componentes alérgicos em suas fórmulas, incluindo fragrâncias e conservantes.
A médica recomenda limitar o uso simultâneo de vários cosméticos, como cremes e loções, e instrui que, ao menor sinal de reação alérgica, qualquer produto ou objeto suspeito deve ser imediatamente descontinuado. Ela também desaconselha a automedicação, enfatizando a importância de consultar um especialista em caso de sintomas persistentes.
Outro ponto de atenção durante o inverno é a exposição ao sol. Mesmo com as temperaturas mais baixas, é crucial evitar contato prolongado com os raios solares nos horários de maior incidência, entre 10h e 16h. O uso diário de filtro solar continua sendo uma prática recomendada para a manutenção da saúde da pele, independentemente da estação.
O inverno, portanto, apesar de suas peculiaridades, exige cuidados específicos com a pele para evitar o agravamento de alergias. A conscientização sobre os fatores de risco e a adoção de medidas preventivas podem ajudar a minimizar os impactos dessa estação sobre a saúde cutânea, garantindo um inverno mais confortável e saudável para todos.