Apesar disso, a capital Havana apresentou uma melhora significativa, com quase 90% dos moradores tendo o fornecimento de energia elétrica restabelecido. A Empresa Elétrica de Havana anunciou que 769.810 clientes, de 301 circuitos, foram atendidos na capital, representando 89,3% do total.
No restante do país, a situação segue crítica, com muitas províncias ainda sem luz. Os protestos contra a falta de luz se intensificaram em alguns bairros, como Centro Habana e Santos Suárez, onde os moradores demonstraram sua insatisfação batendo panelas nas ruas.
O presidente Miguel Díaz-Canel reconheceu o descontentamento da população e pediu calma, alertando para a importância de agir de maneira organizada e disciplinada diante da situação de emergência. Além disso, a chegada do furacão Oscar no domingo trouxe mais desafios para Cuba, causando danos em algumas cidades e afetando ainda mais a rede elétrica.
O ministro de Energia e Minas, Vicente de la O, explicou que o caminho previsto para o furacão passa por várias centrais de energia, o que dificulta a normalização do serviço. Ele ressaltou que, mesmo com os esforços para reconectar o país à rede elétrica, ainda haverá a possibilidade de novos apagões devido à escassez de combustível e às falhas nas antigas usinas termoelétricas.
As sanções dos Estados Unidos também têm contribuído para a crise energética em Cuba, impedindo o país de importar combustível e peças de reposição necessárias para manter suas usinas em funcionamento. A secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, afirmou que os Estados Unidos não são responsáveis pelos apagões em Cuba, mas que estariam dispostos a avaliar maneiras de ajudar caso o governo cubano solicitasse.
Este apagão é considerado o pior em Cuba em dois anos, desde os danos causados pelo furacão Ian em 2022. A população cubana enfrenta desafios crescentes devido à falta de energia, e a situação permanece incerta quanto à normalização do serviço elétrico em todo o país.