Rodríguez utilizou suas redes sociais para descrever essa ação como uma violação clara do Direito Internacional e do Direito Marítimo, além de ferir os princípios de liberdade de navegação e comércio. Para o chanceler cubano, tal medida representa um esforço deliberado dos Estados Unidos para aumentar a pressão sobre a Venezuela, buscando apropriar-se de seus recursos naturais em um ato de agressão.
A indignação em relação a esses atos não se limita a Cuba. O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, também se manifestou contra a interceptação, argumentando que ações de bloqueio deveriam ser direcionadas exclusivamente a criminosos, e não a um país soberano como a Venezuela. Petro defendeu a criação de um acordo multilateral voltado para garantir a segurança na região, que respeite os direitos humanos e que não tenha como foco a invasão ou a violação da soberania de nenhum estado caribenho.
A abordagem do navio-tanque em questão destaca a continuidade das tensões entre os EUA e a Venezuela, especialmente no contexto do bloqueio econômico imposto durante a administração de Donald Trump. Tal operação, que se desenrola em águas internacionais, indica uma provável escalada de ações por parte dos EUA, suscetíveis de aumentar a instabilidade na região caribenha e intensificar as relações conflituosas entre Washington e Caracas.
Esse episódio levanta sérias questões sobre a legitimidade das intervenções norte-americanas e reitera um clima de incerteza nas relações de poder no Caribe, despertando preocupações tanto em Cuba quanto na Colômbia sobre o impacto que essas ações podem ter na estabilidade regional e no respeito às normas internacionais.







