As sanções, que foram anunciadas na última sexta-feira pelo Tesouro dos EUA, também atingem os familiares de Petro, incluindo seu filho, Nicolás Petro, a primeira-dama, Verónica Alcocer, e o ministro do Interior, Armando Benedetti. Esta medida vem na esteira de acusações feitas pelo presidente americano Donald Trump, que apontou Petro como suposto envolvido no narcotráfico, uma alegação que, segundo muitos especialistas, é parte de uma narrativa mais ampla que visa deslegitimar líderes progressistas na região.
O governo da Colômbia reagiu com firmeza à inclusão de Petro e de membros de sua família na lista de sancionados, expressando uma “forte rejeição” às ações dos EUA. Ao defender Petro, Rodríguez sublinhou a solidariedade de Cuba com o presidente colombiano, afirmando que as sanções refletem uma resposta desesperada contra aqueles que se posicionam abertamente contra as narrativas hegemônicas.
Recentemente, Trump, antes de embarcar em uma viagem à Ásia, chamou Petro de “traficante de drogas”, acirrando ainda mais a tensão entre os dois países. Esse episódio revela a crescente utilização da força militar americana no Caribe, com operações que, segundo os EUA, visam combater o narcotráfico, mas que também levantam questões sobre as verdadeiras intenções de Washington na região.
Rodríguez concluiu sua declaração condenando as sanções unilaterais e reafirmando a necessidade de uma abordagem baseada no respeito mútuo entre as nações latino-americanas e nos seus direitos à soberania. Essa situação exemplifica a complexidade das relações interamericanas, onde o intervencionismo é constantemente justificado sob a alegação de combate ao crime organizado, ao mesmo tempo que gera uma escalada de tensões diplomáticas.
