Díaz-Canel fez sua declaração através da rede social X, destacando que esta ação remete ao uso histórico da base de Guantánamo, que foi amplamente criticada por detenções arbitrárias e acusações de tortura. “Em um ato de brutalidade, o novo governo dos EUA anuncia o encarceramento na base naval de Guantánamo, localizada em território cubano ilegalmente ocupado, de milhares de migrantes que expulsa à força, colocando-os junto às conhecidas prisões de tortura e detenção ilegal”, enfatizou o presidente cubano.
Kristi Noem, por sua vez, defendeu que o governo de Donald Trump está “avaliando e debatendo” como utilizar os recursos federais para implementar essa medida ostensiva, que faz parte de uma série de ações para endurecer a política migratória americana. Essas ações incluem a promessa de Trump de realizar a maior operação de deportação da história dos Estados Unidos, uma promessa feita durante sua campanha presidencial.
Além das críticas contemporâneas, a base de Guantánamo já foi alvo de controvérsias internacionais no passado. Ela foi utilizada para a detenção de indivíduos que os Estados Unidos classificaram como terroristas, gerando protestos e denúncias de violações de direitos humanos de diversas organizações. A situação acentua a demanda cubana pela devolução do território, que o governo de Havana considera como uma ocupação ilegal por parte dos EUA desde o início do século XX.
A proposta do governo americano de transformar Guantánamo em um local de detenção para migrantes deportados está, portanto, cercada de polêmica e resistência, tanto local quanto internacional, refletindo as tensões existentes entre Cuba e Estados Unidos.