O futebol alagoano foi sacudido nas últimas horas por declarações explosivas do ex-presidente do CSA, Rafael Tenório, em conversa com o jornalista Ricardo Mota, do portal Cada Minuto. O dirigente fez revelações que, segundo ele, “estragaram o projeto” do clube azulino nos anos de 2016 e 2017 e “mancharam a história recente do esporte em Alagoas”.
Tenório afirmou que houve interferências nos bastidores, manipulação de resultados e até compra de jogadores, o que teria comprometido títulos estaduais. “O projeto do CSA foi destruído em 2016 e 2017. Nós tínhamos um time muito mais forte que o CRB, vencemos por 4 a 1, mas depois descobrimos por quê perdemos. Um jogador se vendeu por R$ 60 mil. Isso acabou com tudo. É o maior crime que já vi no futebol”, declarou, em tom de desabafo.
O ex-presidente também acusou “mãos sujas” de comandarem um esquema de corrupção e subornos nos bastidores do futebol local. “Quem compra? Quem suborna? Uma mão suja a outra. Isso é crime. O futebol de Alagoas foi traído por quem deveria defendê-lo”, afirmou.
As declarações tiveram repercussão imediata e provocaram uma resposta dura do ex-presidente do CRB, Marcos Barbosa, que reagiu com ataques pessoais. “Nunca vi presidente chegar bêbado e despido no vestiário. No CRB tem homem de palavra”, disparou Barbosa, em entrevista. Ele ironizou o comportamento de Tenório e o comparou a um pavão: “Quer aparecer. Abre as penas, faz pose e acha que é bonito. Mas no fundo é só vaidade.”
Barbosa também criticou a suposta investigação feita por Tenório sobre ligações de jogadores, classificando-a como um possível abuso. “Ele agora virou detetive, ministro da Justiça, juiz, desembargador… porque só assim pra mandar analisar ligações de jogadores. Se fez isso, cometeu crime”, afirmou.
A troca de acusações reacendeu a rivalidade histórica entre CSA e CRB, um dos clássicos mais intensos do Nordeste. A entrevista concedida a Ricardo Mota — jornalista conhecido por sua credibilidade no cenário político e esportivo de Alagoas — deu projeção nacional ao caso e abriu espaço para que novas denúncias possam surgir.
