Nos últimos meses, a discussão acirrada entre a gestão afastada e uma administração interina tem sido uma constante. Reuniões e discursos ressoam, mas, em meio a esse barulho administrativo, o torcedor, que deveria ser a prioridade, é deixado de lado. O CSA parece ter esquecido que o sucesso no futebol contemporâneo não se resume apenas à paixão de sua torcida, mas exige uma estrutura robusta de gestão, planejamento e profissionalismo.
Na era atual, o futebol não aceita amadorismo. Isso se reflete na realidade do CSA, que ainda se agarra a fórmulas ultrapassadas, aguardando soluções mirabolantes sem se atentar à necessidade urgente de um gerenciamento eficaz. A base não revela novos talentos, o estádio já não mobiliza como antes e a comunicação com os fãs se mostra ineficaz. A falta de um projeto claro e de nomes que inspirem confiança para liderar a equipe é visível e preocupante.
A torcida, composta por apaixonados que vivem e respiram o CSA, é, sem dúvida, um dos seus maiores patrimônios. Contudo, é preciso reconhecer que essa paixão por si só não é suficiente para sustentar um grande clube. Sem uma gestão competente, que fomente o desenvolvimento de jogadores e assegure a saúde financeira do time, o futuro se apresenta incerto. A realidade é clara: a paixão não paga salários, não forma atletas e muito menos sustenta o clube a longo prazo.
Se o CSA não encontrar um caminho claro de governance e gestão, corre o sério risco de que até mesmo a paixão inabalável de seus torcedores um dia se esgote. Quando isso acontecer, o clube não apenas perderá jogos, mas sua própria essência. É hora de ação. O CSA precisa urgentemente se reerguer, recolocar a gestão em primeiro plano e lembrar que, sem uma estrutura sólida, até mesmo a amorosa paixão da torcida pode se transformar em silêncio.