O que muitos não sabiam é que, cerca de dois meses antes do ocorrido, José Victor havia levado seu filho para conhecer o estádio Mineirão, local onde o Cruzeiro manda seus jogos. O momento especial entre pai e filho foi registrado pelo menino em uma rede social com a legenda “1° de muitos no Mineirão”. Um comentário na publicação dizia “seu pai foi um herói”, demonstrando a admiração dos conhecidos de José Victor.
Em uma entrevista emocionante, a prima da vítima, Camila Geralda Vieira, descreveu José como uma pessoa alegre, cheia de vida e com muitos amigos. Ele era motoboy e vivia em Sete Lagoas, Minas Gerais, e tinha liderança na Máfia Azul, principal torcida organizada do Cruzeiro. A família acredita que a emboscada que resultou na morte de José Victor foi planejada e pede por justiça.
Além da morte de José, a emboscada deixou 17 cruzeirenses feridos, sendo que sete deles tiveram traumatismo craniano e um homem foi baleado na barriga. A polícia investiga o caso e a torcida organizada do Palmeiras, Mancha Verde, será tratada como uma facção criminosa pelo Ministério Público de São Paulo.
A violência no futebol é um reflexo de uma sociedade doente, onde o ódio e a rivalidade entre torcidas muitas vezes ultrapassam limites inaceitáveis. É triste ver a perda de vidas inocentes em eventos esportivos, e é fundamental que medidas severas sejam tomadas para coibir a violência nesse ambiente. A morte de José Victor Miranda é mais um alerta para a necessidade de paz e respeito nos estádios e arredores, para que tragédias como essa não se repitam.