Segundo as investigações do CRM-DF, o HRPL enfrenta uma grave escassez de recursos humanos e infraestrutura desde janeiro deste ano, o que compromete seriamente a qualidade do atendimento oferecido. A falta de pediatras e profissionais especializados, aliada à ausência de leitos de terapia intensiva, coloca em risco a saúde dos pacientes que dependem do hospital para receberem cuidados adequados.
Após várias inspeções e reuniões com representantes da Frente em Defesa da Saúde no Distrito Federal e da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), ficou claro que as medidas adotadas até o momento não foram suficientes para solucionar os problemas estruturais do HRPL. Diante disso, o CRM-DF decidiu pela manutenção do Indicativo de Interdição Ética nas unidades de pediatria e neonatologia do hospital.
Apesar dos esforços do Conselho e das recomendações para correção das irregularidades, a SES-DF não conseguiu resolver satisfatoriamente as questões levantadas nas fiscalizações. Mesmo com a apresentação de um plano de contingência e a promessa de contratação de mais profissionais, as fragilidades persistiram no hospital, levando o CRM-DF a recorrer a medidas judiciais para garantir a segurança dos pacientes e a qualidade do atendimento.
Diante da liminar obtida pela SES-DF que suspende a decisão do CRM-DF, o Conselho informou que irá recorrer da decisão, mantendo-se firme em sua posição de proteger os pacientes e os médicos através da interdição ética quando necessário. A luta pelo cumprimento das normas e pela melhoria das condições de trabalho e atendimento no HRPL continua sendo uma prioridade para o CRM-DF, que continuará fiscalizando e reportando as irregularidades às autoridades competentes. O Metrópoles entrou em contato com a SES-DF para comentar sobre o caso, mas não obteve resposta até o momento. O espaço permanece aberto para manifestações da Secretaria.