Crítica negativa do filme “Ainda Estou Aqui” por tradicional jornal francês gera controvérsia e elogios de veículos franceses.

O filme “Ainda Estou Aqui” estreou em mais de 200 salas de cinema na França sob o título “Je Suis Toujours Là” e tem gerado diferentes opiniões da crítica especializada do país. Um dos jornais mais tradicionais da França, Le Monde, publicou uma crítica negativa, escrita por Jacques Mandelbaum, que afirmou que a atuação de Fernanda Torres no filme foi “um tanto monocórdica”.

Mandelbaum também expressou sua insatisfação com a “concentração melodramática” em torno da personagem de Eunice Paiva, criticando o filme por abordar de forma superficial o mecanismo totalitário. Além disso, o crítico comparou a performance de Fernanda Torres com a de Sônia Braga em “Aquarius”, apontando uma representação religiosa excessiva do sofrimento. O Le Monde avaliou o filme com uma estrela em uma escala de até quatro.

Por outro lado, outros veículos franceses elogiaram o filme. O jornal Liberátion destacou a narrativa de luto impossível dos Paiva feita por Walter Salles com força e emoção. Já o Le Figaro classificou o longa como uma cativante e poderosa narrativa histórica. A revista Première definiu o filme como “uma obra dilacerante”, enquanto a Cahiers du Cinemà o descreveu como “um filme realizado com sutileza que reafirma a necessidade da transmissão”.

Além disso, Emilia Pérez, representante francês para o Oscar 2025, é apontada como a principal rival de “Ainda Estou Aqui” na premiação. Os indicados ao Oscar serão divulgados no próximo dia 23.

Com opiniões divergentes da crítica francesa, o filme está dividindo a opinião do público e promete ser uma das grandes apostas para a temporada de premiações. Resta aguardar a revelação dos indicados ao Oscar e ver como “Ainda Estou Aqui” se sairá na corrida pelo prêmio.

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