Mandelbaum também expressou sua insatisfação com a “concentração melodramática” em torno da personagem de Eunice Paiva, criticando o filme por abordar de forma superficial o mecanismo totalitário. Além disso, o crítico comparou a performance de Fernanda Torres com a de Sônia Braga em “Aquarius”, apontando uma representação religiosa excessiva do sofrimento. O Le Monde avaliou o filme com uma estrela em uma escala de até quatro.
Por outro lado, outros veículos franceses elogiaram o filme. O jornal Liberátion destacou a narrativa de luto impossível dos Paiva feita por Walter Salles com força e emoção. Já o Le Figaro classificou o longa como uma cativante e poderosa narrativa histórica. A revista Première definiu o filme como “uma obra dilacerante”, enquanto a Cahiers du Cinemà o descreveu como “um filme realizado com sutileza que reafirma a necessidade da transmissão”.
Além disso, Emilia Pérez, representante francês para o Oscar 2025, é apontada como a principal rival de “Ainda Estou Aqui” na premiação. Os indicados ao Oscar serão divulgados no próximo dia 23.
Com opiniões divergentes da crítica francesa, o filme está dividindo a opinião do público e promete ser uma das grandes apostas para a temporada de premiações. Resta aguardar a revelação dos indicados ao Oscar e ver como “Ainda Estou Aqui” se sairá na corrida pelo prêmio.