Kirchner deverá permanecer em sua residência no sul de Buenos Aires, onde vive com sua filha. Além disso, estará sob supervisão de uma tornozeleira eletrônica, uma medida que visa monitorar seu cumprimento da pena e garantir que não haja descumprimentos das regras estabelecidas. A primeira condenação ocorreu em 2022, e desde então, a ex-presidente tem buscado reverter a decisão em instâncias superiores, o que culminou em um recurso à Suprema Corte da Argentina no final de março deste ano.
Em novembro de 2024, o Tribunal Federal de Cassação Criminal confirmou a sentença, que também incluiu uma proibição de Kirchner ocupar qualquer cargo público. A Suprema Corte, em uma decisão recente, reafirmou a condenação, deixando clara a posição da Justiça sobre as acusações que pesam contra ela. Esta situação prolonga um período de incertezas e tensões na política argentina, visto que a ex-presidente mantém uma considerável influência, mesmo fora do cargo.
A análise do impacto político da condenação de Kirchner é profunda, pois, apesar de não ocupar um cargo oficial, ela continua sendo uma figura central dentro do movimento peronista e nos debates políticos do país. Sua capacidade de mobilizar apoiadores e adversários e o tratamento recebido pelas instituições de justiça continuam a ser assuntos amplamente discutidos na Argentina.
Com essa nova fase, muitos aguardam para ver como a liderança política e social da ex-presidente se desenrolará durante seu cumprimento de pena domiciliar e quais serão as repercussões para a próxima eleição. A saga de Cristina Kirchner certamente permanecerá no foco da atenção pública, em um país onde a política frequentemente se entrelaça com a justiça e a percepção pública.