CRISE SEM FIM! Salinas Maragogi adia reabertura e demite 400 funcionário por causa do COVID-19

Prevista inicialmente para julho, retomada das atividades foi postergada para 1º de setembro. Prejuízo passa de R$ 125 milhões, mas empresa se comprometeu a arcar com custos dos planos de saúde dos colaboradores e dependentes



O avanço dos casos de contaminação e mortes pelo novo coronavírus no Brasil levou o Grupo Amarante, holding controladora dos resorts Salinas Maragogi, Salinas Maceió e Japaratinga Lounge, a adiar a reabertura dos hotéis para 1º de setembro. Antes, a previsão era retomar o funcionamento a partir de julho. Diante da necessidade de ampliar a suspensão das atividades, a empresa anunciou que demitirá 400 dos 1.120 funcionários a partir desta semana.

Em uma iniciativa digna de ser replicada, o Grupo Amarante comprometeu-se, no entanto, a pagar o seguro saúde com cobertura total dos trabalhadores desligados e dos seus dependentes até dezembro de 2020, quando pretende voltar a contratá-los, de acordo com a normalização das operações.

Advogados trabalhistas consultados pela coluna lembram que, por lei, o funcionário pode manter o plano de saúde após a demissão, mas precisa arcar com o custo total dele. Desta forma, o benefício consiste em não perder as carências, o que ocorreria no caso de contratação de um novo seguro.

“O turismo é o setor mais imediatamente e gravemente afetado pela pandemia em todo o mundo. Fizemos um grande esforço e mantivemos todos os empregos no mês de abril, mas a situação é muito grave,” justifica o CEO do Grupo Amarante, Mário Vasconcellos.

O executivo garante que os colaboradores dispensados passarão a compor um cadastro especial para receberem benefícios e terão prioridade no processo de contratação na retomada das atividades.

“Nos meses de julho e agosto, nossa equipe realizará treinamentos e implantará novos processos de higiene, limpeza e segurança alimentar, de forma a garantir que a experiência nos resorts seja a mais segura e confortável, tanto para quem se hospeda quanto para quem trabalha conosco”, afirma o diretor administrativo e financeiro do grupo, Sérgio Lins.

Jornal do Comércio

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