Crise no Corinthians Aprofunda Conflito Interno
A situação política no Sport Club Corinthians Paulista se complicou ainda mais neste último sábado, dia 31 de maio. A crise ganhou novos desdobramentos com o retorno do ex-presidente Augusto Melo ao cargo, menos de uma semana após ter sido afastado. Ele foi reintegrado à presidência graças à manobra de seus aliados, que impulsionaram uma mudança no comando do Conselho Deliberativo.
O atual presidente interino, Osmar Stabile, não reconhece a legitimidade da ação de Melo e reafirmou que permanece no cargo. A tensão subiu ainda mais com as declarações de Romeu Tuma Júnior, presidente afastado do Conselho. Ele classificou o movimento como um "golpe", evidenciando a polarização entre as facções no clube.
A confusão começou a tomar forma quando Maria Angela de Souza Ocampos, conselheira e aliada de Melo, anunciou sua ascensão à presidência do Conselho e a reintegração de Melo. Essa movimentação teve como base uma determinação do Conselho de Ética, datada de 9 de abril, que afastou Tuma do cargo. Contudo, a oficialização dessa decisão só ocorreu um dia antes, simbolizando a instabilidade nas estruturas de poder dentro do clube.
O clima de incerteza fez com que a Polícia Militar fosse convocada para evitar confrontos, após relatos de uma invasão por torcedores no Parque São Jorge, onde está localizada a sede do Corinthians. Cerca de 80 torcedores foram inicialmente informados de que haviam ocupado o quinto andar do prédio, onde se encontra a sala da presidência. Esta ação foi orquestrada por Douglas Deungaro, uma figura proeminente entre os torcedores, que conclamou os fãs a tomarem a sede do clube em um apelo por justiça política.
Em meio a esta crise, Stabile lançou um manifesto de repúdio a toda forma de violência e desrespeito à democracia, afirmando que não houve qualquer alteração no quadro diretivo. Em contrapartida, Tuma Júnior negou a validade das ações de Maria Angela, ressaltando que o processo de afastamento dele foi legítimo e respaldado por decisões judiciais.
O tumulto reflete uma luta interna não apenas por poder, mas também por valores fundamentais que definem a história do Corinthians. A batalha pelo controle do clube revela as profundas divisões entre os torcedores e os diferentes grupos políticos que compõem a estrutura da equipe. O futuro do Corinthians pode depender de um diálogo efetivo que restabeleça a paz e a unidade em um momento de grande fragilidade institucional.







