Crise política na Geórgia: candidato único vence eleição presidencial em meio a boicote da oposição e contestações de fraudes.

Após um processo eleitoral conturbado, a Geórgia se prepara para a posse do novo presidente, Kavelashvili, que foi o único candidato na corrida eleitoral. Para ser eleito, um candidato presidencial necessita de 200 votos dos 300 totais do Colégio Eleitoral, composto por parlamentares, oficiais municipais e representantes das repúblicas autônomas da Abkházia e Adjara. A eleição precisava receber 170 votos para ser considerada válida, segundo informações da Comissão Eleitoral Central georgiana.

A oposição, alegando fraude, decidiu boicotar o processo eleitoral presidencial ao se recusar a votar e a apresentar seu candidato, o que deixou Kavelashvili como o único concorrente na disputa. Sua posse está agendada para o dia 29 de dezembro, marcando assim uma transição no cenário político do país.

Os últimos meses na Geórgia foram marcados por tensões políticas, com a atual presidente, Salome Zurabishvili, se negando a aceitar os resultados das eleições parlamentares de outubro e convocando protestos contra o Legislativo. Zurabishvili deveria deixar o cargo na segunda-feira (16), mas anunciou que não irá abandonar o posto presidencial, aumentando a expectativa dos manifestantes antigovernamentais.

O partido Sonho Georgiano, que defende uma visão independente para o país, saiu vitorioso nas eleições parlamentares, obtendo 53,93% dos votos. O primeiro-ministro do país, Irakli Kobakhidze, descartou a possibilidade de novas eleições, consolidando assim a vitória do partido no cenário político georgiano.

Com tantas reviravoltas e tensões políticas, a Geórgia enfrenta um momento crucial em sua história política, com a posse do novo presidente e a continuidade dos protestos contra o governo. Acompanharemos de perto os desdobramentos desse cenário para mais atualizações.

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