Entre 2017 e 2021, a estatal mostrou um desempenho positivo, alcançando lucros significativos. Contudo, a partir de 2022, a realidade se reverteu de maneira alarmante. Os números indicam que as perdas se intensificaram, com uma estimativa de resultados negativos saltando de R$ 633 milhões em 2023 para mais de R$ 2,5 bilhões em 2024. Essa situação tem gerado ampla preocupação entre funcionários, clientes e especialistas da área econômica.
Diversos fatores são apontados como causas do desfalque financeiro dos Correios. Entre eles, destacam-se os gastos elevados com pessoal, a polêmica Remessa Conforme, que é uma taxa aplicável a serviços específicos, além de problemas no fluxo de caixa, investimentos mal direcionados e a questão dos precatórios. Também são mencionadas as unidades deficitárias que operam com prejuízo, contribuindo para a deterioração da saúde financeira da empresa.
Os diretores da estatal discutem alternativas para enfrentar essa situação crítica. Eles têm explorado medidas tanto contenciosas quanto estratégicas, na esperança de encontrar caminhos viáveis para a recuperação econômica a médio e longo prazo. As falas dos executivos refletem uma tentativa de transparência em meio à turbulência, mas os desafios permanecem imensos. A continuidade dessa crise coloca em xeque não apenas a operação dos Correios, mas também o emprego de milhares de trabalhadores e a prestação de serviços essenciais à população. A expectativa é que soluções eficazes sejam adotadas em um futuro próximo, embora a trajetória ainda seja incerta.