De acordo com Schumacher, a equipe conta com recursos suficientes para almejar títulos, incluindo dois pilotos de alto nível e um líder de equipe competente. No entanto, ele ressalta que esses atributos não têm se traduzido em resultados satisfatórios. “É inexplicável que com tanta estrutura, nada funcione”, lamentou o ex-piloto, traçando um retrato perturbador da juventude da Ferrari, que andou pela sua pior fase recente na F1.
A atual temporada, que já passou de dezoito corridas, não viu a Ferrari conquistar uma única vitória, com a equipe enfrentando uma sequência alarmante de cinco provas sem conquistar um lugar no pódio. Em contraste, a McLaren já consolidou sua posição e garantiu o título de construtores, enquanto a Ferrari luta para evitar escorregar para a quarta colocação, com apenas oito pontos de vantagem sobre a RB CashApp.
A tensão dentro da equipe aumentou significativamente após a corrida em Singapura, com relatos sobre uma discussão acalorada entre o chefe de equipe Frederic Vasseur e o engenheiro Matteo Togninalli logo após o término da prova. Além disso, o empresário de Leclerc, Nicolas Todt, fez declarações que levantaram questões sobre o futuro do piloto monegasco na Ferrari. Todt mencionou que espera um “mercado de pilotos muito quente” em 2026, deixando implícito que, caso a Ferrari não se recomponha, Leclerc pode considerar outras opções.
Schumacher contextualizou a situação, descrevendo a Ferrari como um “barril de pólvora”, onde a paixão dos torcedores pela equipe em sua terra natal amplifica a frustração pelos resultados insatisfatórios. Apesar da renovação do contrato de Vasseur por vários anos, Schumacher alerta que a estabilidade é uma ilusão na Scuderia. “Na Ferrari, tudo pode mudar rapidamente”, conclui, resumindo o clima de incerteza que paira sobre uma das equipes mais icônicas da Fórmula 1.