Crise na Câmara: Presidentes enfrentam resistência bolsonarista e sessão começa sem propostas em meio a tensão e articulações de líderes do Centrão.

Na noite desta quarta-feira, 6 de setembro, a sessão da Câmara dos Deputados enfrentou uma série de obstáculos antes de ter início. O presidente da Casa, Hugo Motta, do Republicanos da Paraíba, só conseguiu abrir os trabalhos após intensos conflitos com parlamentares bolsonaristas. Esses deputados tentaram bloquear o acesso à mesa diretora, o que fez com que a situação se tornasse tensa e tumultuada.

Para contornar essa crise interna, líderes de partidos do Centrão e da oposição recorreram à figura do ex-presidente da Câmara, Arthur Lira. Ele foi convocado para ajudar a negociar uma saída que possibilitasse a abertura da sessão, demonstrando como a divisão interna tem se intensificado, especialmente entre os aliados e os opositores do governo.

Hugo Motta chegou ao plenário por volta das 22h15, mas a sua aproximação à presidência foi dificultada por cerca de cinco minutos de resistência. Durante esse momento, parlamentares aliados foram mobilizados para convencer os manifestantes a desobstruir o caminho, permitindo que o presidente finalmente pudesse tomar seu lugar e dar início à sessão.

Entretanto, o clima no plenário não era propício para avanços significativos. A sessão foi aberta, mas nenhuma proposta foi votada, ilustrando a ineficiência provocada pela mobilização dos bolsonaristas, que foi interpretada como uma espécie de “greve parlamentar”. Este movimento tinha como objetivo dificultar a tramitação de pautas que contrariam os interesses do grupo.

Ao iniciar os trabalhos, Motta manifestou sua preocupação com a instabilidade que permeia a Câmara, mas decidiu não abordar a questão de possíveis punições aos parlamentares que estavam obstruindo o processo. Ele destacou que a Casa vivencia um período agitado, repleto de acontecimentos que fomentaram um clima de ebulição. “É justamente nesses momentos que não podemos negociar nossa democracia”, ressaltou o presidente, enfatizando a importância de seguir em frente, mesmo diante das dificuldades que a atual conjuntura política impõe.

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