A detenção de Bacellar se insere em um contexto de crescente preocupação em relação à corrupção nas esferas político-administrativas do estado. Ao longo dos anos, diversos membros da Alerj enfrentaram a justiça por envolvimento em esquemas ilícitos. Um dos casos mais emblemáticos é o do ex-deputado Jorge Sayed Picciani, que foi preso em 2017 na Operação Cadeia Velha. Acusado de participar de um sofisticado esquema de corrupção envolvendo empresas de transporte, Picciani se destacou na política fluminense, sendo eleito pela primeira vez em 1990 e, posteriormente, ocupando a presidência da Alerj entre 2003 e 2010.
A trajetória política de Picciani, que faleceu em 2021, é marcada por altos e baixos. Após um período de sucesso e reeleições, sua descida na carreira política culminou em várias prisões. Em 2017, além da Operação Cadeia Velha, foi preso novamente em 2018 na Operação Furna da Onça, em uma investigação centrada nas práticas corruptas que permearam o governo do ex-governador Sérgio Cabral.
Esses incidentes revelam a fragilidade das instituições políticas no estado do Rio e levantam questões acerca da ética e da transparência no exercício da função pública. A prisão de Bacellar, portanto, não é apenas uma questão individual, mas parte de um panorama mais amplo de investigação e reforma que a política fluminense enfrenta, diante do crescente clamor por justiça e integridade em seus representantes. Com a quantidade de prisioneiros políticos, a sociedade civil observa atentamente os desdobramentos dessas ações, exigindo maior responsabilidade e moralidade dos que ocupam cargos de poder.









