Ciro Gomes se tornou o alvo das frustrações dentro do PDT ao se posicionar de forma contrária ao PT, o que evidencia um dilema recorrente na política: a dificuldade de criticar líderes idolatrados sem sofrer consequências. A polarização política do país torna aqueles que se opõem ao PT alvos fáceis de ataques de ambos os lados, colocando em cheque a sobrevivência do PDT.
A crise no partido levanta questionamentos sobre a responsabilidade de Ciro Gomes nesse contexto. Seria ele o culpado pela atual situação do PDT, ou seria o alinhamento incondicional ao PT que teria diminuído a autonomia e a identidade da sigla? A decisão de apoiar o PT nas últimas eleições foi um golpe na coesão do partido e contribuiu para aprofundar as divisões internas.
Além disso, as críticas a Ciro por apoiar um candidato do PL em Fortaleza em detrimento de um candidato do PT levantam questionamentos sobre a postura do próprio PT, que também busca alianças com partidos de direita em outras disputas eleitorais. A complexa interação entre liderança, críticas e escolhas moldou o destino do PDT e coloca em destaque a necessidade de o partido se reinventar e encontrar uma nova identidade para seguir adiante, independentemente da sombra do PT.
O futuro do PDT dependerá da capacidade da sigla de superar suas divergências internas e traçar um novo caminho que resgate sua relevância e autonomia no cenário político nacional. A sobrevivência do partido está em jogo, e somente com uma reconstrução profunda e significativa será possível garantir sua permanência no cenário político brasileiro.