Crise humanitária em Gaza: Combustível do sistema de saúde está prestes a acabar e novos combates deixam mortos e feridos

O Ministério da Saúde do Hamas alertou para a iminente crise no sistema de saúde da Faixa de Gaza, que está prestes a entrar em colapso devido à falta de combustível. Com as reservas quase esgotadas, as instalações de saúde do enclave contam apenas com geradores para se manterem em funcionamento, afetando também o transporte de ambulâncias e a mobilidade dos profissionais de saúde. A população civil nos campos de refugiados de Jabalia e Rafah teve que evacuar suas casas diante dos novos confrontos com as forças israelenses, resultando em pelo menos 20 mortes durante a noite.

Os combates entre Israel e o Hamas foram retomados em diferentes regiões de Gaza, mesmo depois de as tropas israelenses afirmarem ter eliminado a presença do grupo terrorista. A situação se agrava com novas ordens de evacuação emitidas para os moradores de Rafah, que temem novos ataques na região. A Agência da ONU para Refugiados Palestinos estima que mais de 360 mil pessoas já fugiram da cidade desde o início dos conflitos, um número que supera a população local antes do início da guerra.

A comunidade internacional está preocupada com a possibilidade de uma operação em larga escala em Rafah, alertando para os danos que poderiam ser causados à população civil. O secretário de Estado americano, Antony Blinken, advertiu que uma grande ofensiva só traria caos e anarquia, sem resolver o problema do Hamas. Os Estados Unidos ameaçaram suspender a entrega de certas categorias de armas a Israel se uma operação massiva for realizada em Rafah, algo que o presidente Joe Biden se opõe.

Blinken enfatizou a importância de proteger os civis e os trabalhadores humanitários em Gaza durante suas conversas com autoridades israelenses, reiterando a necessidade de permitir a entrega de ajuda humanitária e resolver questões de distribuição dentro do enclave. A crise humanitária em Gaza continua se agravando, enquanto a comunidade internacional busca uma solução para o conflito que já causou inúmeras mortes de civis.

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