Dados da ONU revelam que a quantidade de caminhões de ajuda humanitária que transitou para a faixa entre os dias 1 e 22 de outubro foi drasticamente reduzida, caindo para apenas 704 veículos em comparação com 3.000 no mês anterior. Os Estados Unidos estipularam que um mínimo de 350 caminhões deveria entrar diariamente, no entanto, números recentes indicam que apenas 246 caminhões chegaram na semana anterior ao envio da carta e 232 na seguinte. O cenário no norte de Gaza é particularmente preocupante, com regiões ainda sob intenso bombardeio e grande parte da população fora do alcance de qualquer ajuda. De acordo com relatos, cerca de 800.000 pessoas estão enfrentando níveis de emergência ou mesmo de catástrofe em relação à escassez de alimentos.
Recentemente, a situação se complicou ainda mais após a aprovação de uma lei no parlamento israelense que visa proibir a operação da agência da ONU para refugiados palestinos (UNRWA) no território israelense, o que pode impactar ainda mais a já limitada ajuda humanitária. Enquanto isso, autoridades de Israel insistem que não existem obstáculos significativos à entrada de ajuda, afirmando que a diminuição no fluxo de assistência se deve ao fechamento das travessias durante feriados e à necessidade de operações militares, embora essa justificativa tenha sido amplamente contestada por observadores internacionais.
Além disso, as missões humanitárias enfrentam dificuldades para se deslocar do sul para o norte de Gaza, e relatos indicam que muitos suprimentos são saqueados antes de chegar aos locais de distribuição ou são destruídos em ataque israelenses, o que contraria as normas internacionais estabelecidas para proteção humanitária em situações de conflito. A comunidade internacional observa com preocupação essa contínua exacerbação da crise em Gaza, que clama por uma resposta imediata e eficaz.









