Crise Diplomática: Sul-Coreia Envia Representantes aos EUA Após Prisão de 300 Imigrantes em Fábrica da Hyundai

Crise diplomática entre Coreia do Sul e Estados Unidos após prisão de imigrantes

Em um episódio que acendeu tensões diplomáticas entre Seul e Washington, diplomatas sul-coreanos estão se deslocando para os Estados Unidos após a detenção de aproximadamente 300 trabalhadores imigrantes sul-coreanos em uma fábrica conjunta da Hyundai e LG Energy Solution, localizada no estado da Geórgia. Essa operação, realizada na última quinta-feira, 4 de setembro, pelo Serviço de Imigração e Alfândega norte-americano (ICE), resultou na prisão de 475 pessoas no total, das quais a maioria era de origem sul-coreana.

A operação é considerada a mais significativa em um único local desde que a administração do ex-presidente Donald Trump intensificou as atividades do ICE com o objetivo de reprimir a imigração ilegal. As autoridades alegaram que as detenções foram frutos de uma investigação criminal de meses, relacionada a práticas de emprego ilegais e outras infrações federais. O agente especial do Departamento de Investigações de Segurança Interna, Steven Schrank, enfatizou que essa não foi uma mera ação de imigração, mas sim uma operação complexa, levando em consideração o entorno legal e as circunstâncias dos trabalhadores.

Em resposta a esse episódio, o Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul expressou sua indignação, descrevendo a operação como uma “invasão irregular” que prejudica as operações das empresas sul-coreanas nos EUA. O ministro, Cho Hyun, manifestou a intenção de enviar um alto funcionário para Washington com o objetivo de discutir a situação diretamente com o governo americano, caso as autoridades americanas não façam um movimento de aproximação.

A LG Energy Solution confirmou que 47 dos detidos estavam empregados pela empresa, enquanto a Hyundai alegou que nenhum dos seus trabalhadores foi diretamente afetado. As repercussões estão fazendo com que a empresa sul-coreana solicite que seus funcionários que se encontravam nos EUA regressem ao país de origem ou permaneçam onde estão até que a situação se normalize.

Enquanto isso, no cenário mais amplo, a indústria sul-coreana, uma das maiores economias da Ásia e principal produtora de automóveis e produtos eletrônicos, havia se estabelecido nos Estados Unidos como uma estratégia para evitar tarifas impostas por Washington. Esse episódio marca mais um capítulo tumultuado nas relações entre Coreia do Sul e Estados Unidos, evidenciando a complexidade do atual ambiente migratório e as suas ramificações econômicas e sociais para trabalhadores que buscam oportunidades em solo americano.

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