A falta de consenso tem gerado um sentimento de desunião entre os membros do partido, com alguns parlamentares cogitando até mesmo uma possível debandada. Em um ano marcado por brigas internas pela presidência do União, a situação se torna ainda mais desafiadora.
Até o momento, a disputa pelo cargo de líder está entre Pedro Lucas Fernandes (MA), considerado mais de centro e com a preferência de Antonio Rueda; Damião Feliciano (PB), mais alinhado ao governo; e Mendonça Filho (PE), oposicionista. A possibilidade de uma votação secreta tem gerado expectativa por articulações e conchavos dentro do próprio partido.
De acordo com fontes ouvidas, caso a votação ocorresse hoje, Damião Feliciano poderia sair vitorioso, aproveitando a divisão entre Pedro Lucas e Mendonça para chegar ao segundo turno com mais força. A reunião que decidiu pelo adiamento contou com a presença de figuras importantes do União, como Antonio Rueda e os ministros Celso Sabino e Juscelino Filho.
A situação é vista com preocupação pelos parlamentares, que manifestaram opiniões fortes durante a reunião, com direito a ânimos acalorados. O deputado Leur Lomanto Júnior (União-BA) expressou a preocupação de que as divisões internas do partido possam levá-lo a perder sua unidade, voltando a ser alvo de piadas como “Desunião Brasil”.
A busca por um consenso e por um clima mais pacífico entre os parlamentares se torna crucial neste momento, em que a sobrevivência do União Brasil na Câmara dos Deputados está em jogo. A pressão por um alinhamento mais claro e a necessidade de manter a coesão dentro da bancada são desafios que o partido terá que enfrentar nos próximos meses. A corrida pela sucessão promete ser acirrada e decisiva para o futuro do União.