Crise Climática: Oito em Cada Dez Pessoas Afetadas Vivem na Pobreza, Revela Relatório do Pnud e Universidade de Oxford

Um recente estudo realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) em parceria com a Universidade de Oxford revelou que a crise climática impacta de maneira desproporcional os mais pobres do mundo. A pesquisa aponta que aproximadamente 80% das pessoas que enfrentam os efeitos das mudanças climáticas vivem em situação de pobreza. Esta realidade é especialmente sentida em regiões como a África Subsaariana e o Sul da Ásia, onde altas temperaturas, inundações, poluições do ar e secas extremas se tornaram uma constante.

O diretor-interino do Pnud, Haoliang Xu, enfatizou que, embora ninguém esteja imune às consequências das mudanças climáticas, as comunidades mais vulneráveis são as que sofrem com mais intensidade. Ele ressaltou a urgência em abordar a temática no próximo encontro da Conferência das Partes (COP30), que acontecerá em Belém, Pará, em novembro. Xu acredita que essa conferência deve ser mais do que um mero espaço de discussão; deve ser uma plataforma para integrar a luta contra a pobreza nos debates sobre ação climática.

“Esta conferência deve ser uma oportunidade para que os líderes mundiais tratem a ação climática como um componente essencial na luta contra a pobreza,” afirmou Xu. A ideia é que os governos reconheçam a interconexão entre as mudanças climáticas e a pobreza, desenvolvendo estratégias que não apenas mitiguem os impactos ambientais, mas que também promovam o desenvolvimento sustentável nas áreas mais afetadas.

O estudo também revelou que os países mais pobres poderão enfrentar um aumento de temperatura ainda mais acentuado até o final do século 21. O planeta já experimentou um aquecimento médio de 1,4 °C desde o início do século XX, e as projeções para o futuro são alarmantes. Essa situação exige uma mobilização urgente de recursos e políticas públicas eficazes para proteger não apenas o meio ambiente, mas principalmente as populações que dependem da terra e de recursos naturais para sua sobrevivência.

O desafio apresentado pela crise climática é, portanto, uma questão de justiça social e econômica, demandando uma ação coordenada e consciente das autoridades mundiais.

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