CRIMINOSA! Mulher de SP, líder de facção feminina em Alagoas, é presa por crimes planejados via WhatsApp e envolvimento em homicídios

Na última quinta-feira, a Polícia Civil de Alagoas (PC/AL), por intermédio do Núcleo de Investigação Especial (NIESP), realizou a prisão de uma mulher de 37 anos na cidade de Piaçabuçu, localizada no Litoral Sul de Alagoas. A mulher, cuja identidade está mantida sob sigilo, é suspeita de liderar uma facção criminosa feminina constituída em Alagoas. Curiosamente, ela conseguia comandar suas atividades ilícitas de São Paulo, utilizando para isso videochamadas pelo aplicativo WhatsApp. Além disso, pesa contra ela a acusação de ter ordenado a execução de duas adolescentes em Maceió, em 2020.

De acordo com Welber Cardoso, chefe de operações do NIESP, a suspeita é natural de São Paulo e tentava passar despercebida em Alagoas, mantendo uma vida tranquila ao trabalhar em uma ótica no centro de Piaçabuçu. Em uma tentativa aparente de evitar ser reconhecida e capturada, a mulher modificava frequentemente sua aparência e usava vários apelidos para seguir com suas atividades criminosas.

O histórico criminal da suspeita é extenso. Em 2019, ela foi presa em flagrante como responsável pelo tráfico de drogas em Cotia, São Paulo. Em 2020, o Grupo de Inteligência do Ministério Público (Gaeco) identificou sua atuação como membro do Primeiro Comando da Capital (PCC) em Alagoas. Posteriormente, foi denunciada e condenada a uma pena de sete anos e seis meses de prisão pelos crimes de tráfico de drogas e organização criminosa, sendo esta uma célula feminina do PCC. Durante esse período, a mulher teria residido no Litoral Sul de São Paulo, de onde continuou a coordenar suas operações em Alagoas via videoconferência.

A facção liderada por ela estaria também envolvida em delitos de homicídio. Relatos indicam que, em 2020, a suspeita teria ordenado a morte de duas adolescentes em Maceió, consideradas membros de gangues rivais. Entre as vítimas está confirmada Maria Vitória Conceição Leite. Até o momento, detalhes sobre como se deu a execução da colega adolescente permanecem obscuros.

Durante sua captura, as autoridades apreenderam um celular com a suspeita, que se recusou a fornecer a senha do dispositivo. O aparelho foi encaminhado para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) em Maceió, onde passará por perícia na busca por evidências que possam corroborar as acusações contra ela. O desenrolar desta investigação pode trazer à tona novas ramificações sobre o envolvimento de mulheres em facções criminosas, um aspecto que merece atenção especial das forças de segurança.

Sair da versão mobile