As regiões administrativas mais afetadas por esses golpes são o Plano Piloto e Águas Claras. No Plano Piloto, por exemplo, o número de ocorrências subiu de 55 em 2022 para 99 em 2023, totalizando 84 registros até outubro de 2024. Já em Águas Claras, os casos passaram de 38 em 2022 para 81 em 2023, com 42 registros no ano atual.
Um dos golpes mais comuns é o chamado “golpe do falso aluguel”, onde os criminosos duplicam anúncios reais ou negociam imóveis que não existem. Um exemplo disso é a história da empresária Beatriz Tôrres, que foi vítima de uma fraude ao tentar alugar um apartamento no Guará. Os golpistas duplicaram o anúncio original, coletaram informações e pediram um valor de caução, resultando em um prejuízo de R$ 3,2 mil para a vítima.
Outra vítima, a enfermeira Clara Stéfanne, também caiu em um golpe ao negociar um apartamento em Samambaia. Após pagar o valor pedido pelo suposto dono do imóvel, ela descobriu que se tratava de um anúncio falso ao chegar no prédio e não encontrar ninguém com o nome do golpista.
Diante desse cenário preocupante, o corretor de imóveis Leonardo Guerra ressalta a importância de intensificar as investigações e aplicar punições mais severas aos golpistas. Ele também destaca a necessidade de campanhas educativas e de uma central de denúncias específica para crimes digitais relacionados a imóveis.
Guerra destaca a responsabilidade das plataformas digitais de compra, venda e aluguel de imóveis em coibir esses golpes, sugerindo medidas mais rigorosas e sistemas de verificação de identidade avançados. A colaboração de todos os setores envolvidos é essencial para combater esse tipo de crime e proteger os consumidores.