O drama teve início quando a mãe relatou, em um testemunho comovente, que se encontrava em sua residência com seus filhos quando foi surpreendida pelos suspeitos. O pai da criança, armado e agressivo, teria invadido o local e sob ameaças verbais e físicas, forçou a entrega dos documentos da família. A tensão culminou com a fuga dos suspeitos e da criança em um veículo dirigido pelo segundo acusado, elevando os temores da jovem mãe, que na tentativa de escapar de um passado de abusos, mudou-se para Japaratinga em busca de refúgio.
Em um relato que destaca o ardil e minúcia do planejamento do crime, a vítima descreveu ter sido contatada um dia antes da invasão por alguém que se apresentou como funcionária da Secretaria de Assistência Social de Itapemirim. Informada sobre uma suposta liberação de benefícios do Bolsa Família, a mãe, desavisada e confiante, partilhou seu endereço atual esperando por uma visita oficial, sem saber que tudo fazia parte do plano para localizá-la.
Após o sequestro, as autoridades foram informadas sobre o paradeiro dos suspeitos, que tentavam deixar o território em direção à Bahia, mas enfrentaram resistência dos motoristas locais para realizar a viagem. A ação policial não demorou a ocorrer, culminando na prisão dos dois indivíduos e na apreensão de armas que estavam em sua posse. Além disso, foi destacado que um dos envolvidos seria o filho mais velho do sequestrador.
Em meio à incerteza e à sensação de vulnerabilidade, a mãe solicitou uma medida protetiva, temendo pela segurança própria e de seus filhos. Enquanto isso, as investigações prosseguem e os suspeitos enfrentam possíveis acusações de ameaça, violência doméstica, sequestro e roubo à mão armada, evidenciando mais uma vez os desafios e perigos vivenciados em cenários onde questões familiares se tornam motivo de tragédias públicas.