Na trágica madrugada de 16 de maio, Rafaela foi encontrada sem vida sob circunstâncias que geraram grande comoção e revolta na comunidade local. De acordo com o laudo cadavérico, a jovem morreu por asfixia causada por esganadura. Essa evidência vai de encontro à versão apresentada por José Joabil no momento em que levou Rafaela para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Trapiche. Na ocasião, ele alegou aos profissionais da saúde que a jovem havia consumido álcool em excesso, resultando em um mal súbito.
Entretanto, o relato do acusado não convenceu as autoridades. Investigações apontaram que naquela fatídica madrugada, vizinhos ouviram gritos de socorro vindos da residência de Rafaela, sugerindo mais uma cena de violência em um relacionamento que já era descrito como conturbado e abusivo. Existem relatos de agressões físicas anteriores à noite do crime, reforçando a suspeita de homicídio.
O caso, que gerou indignação pela brutalidade e pelas alegações iniciais do acusado, tem atraído a atenção da mídia e da população alagoana, que exigem justiça para Rafaela. O promotor de Justiça, Antônio Vilas Boas, estará à frente do Ministério Público durante o julgamento, empenhado em buscar a condenação por homicídio duplamente qualificado. As qualificações incluem o uso de meio cruel e o fato do crime ter sido motivado pela condição de sexo feminino da vítima, um agravante importante em crimes relacionados ao feminicídio.
Com o adiamento do julgamento, a expectativa agora recai sobre a nova data a ser definida, quando detalhes mais profundos sobre o caso deverão vir à tona, buscando esclarecer os fatos de uma história que deixou marcas profundas na sociedade e trouxe à discussão a necessidade de combater a violência contra a mulher.
