A questão ganhou contornos complexos quando a médica revelou que, cerca de um ano e meio antes, havia denunciado seu ex-marido por abuso de vulnerável contra a filha do casal. Durante 22 anos de casamento, não constatara tais problemas, até perceber indícios de que a criança buscava ajuda. De acordo com seu testemunho, tanto funcionárias da residência quanto a escola haviam notado sinais suspeitos. O inquérito conduzido pela polícia identificou indícios de abuso, mas o ex-marido não enfrentou prisão.
Em meio ao caso, a médica obteve uma medida protetiva devido ao medo de represálias. Ela afirmou que o ex-marido ameaçava contra ela a ação de um primo, descrito como ex-presidiário. Esse suposto confronto culminou em uma medida protetiva adicional. Na semana que antecedeu o trágico incidente, o primo teria sido avistado próximo ao posto de saúde onde ela trabalhava, mas fugiu ao apresentar documentos falsos quando a polícia foi acionada.
No momento do crime, a médica disse que se preparava para sair quando avistou o ex-marido na esquina de sua rua, dentro de um carro com uma parente. Acreditando em uma armadilha, ela declarou ter atirado após notar um movimento brusco dele, justificando o ato pela sensação de pânico e pelo descumprimento da ordem judicial que determinava uma distância mínima de 300 metros entre ambos.
Após o ocorrido, temendo linchamento, a médica relatou ter deixado o local rapidamente, dirigindo-se a Maceió para buscar auxílio jurídico. No caminho, foi parada por uma equipe da Rotam e levada à delegacia para prestar esclarecimentos. O caso continua a ser investigado para esclarecer os detalhes e as aproximações dos eventos relatados.
