No dia do crime, os acusados alegaram legítima defesa, afirmando que Valmir Herculano havia tentado roubá-los. No entanto, posteriormente, eles mudaram sua versão, alegando que o padeiro teria cometido um assalto contra uma mulher e que o ato dos três homens seria uma tentativa de fazer justiça com as próprias mãos. Entretanto, as investigações subsequentes desmentiram essa alegação, confirmando que Valmir não tinha qualquer ligação com o suposto assalto.
Esse caso ganhou notoriedade não apenas pela brutalidade do crime, mas também pela dor e pela revolta causadas na família do padeiro. Vagner Herculano, irmão de Valmir, expressou seu sofrimento em palavras comoventes, enfatizando o impacto devastador que o assassinato teve na vida de todos. “No dia que assassinaram meu irmão, mataram também a família. Meu pai e minha mãe vivem à base de medicamentos, esperando que a justiça seja feita”, desabafou Vagner.
A tristeza e a incredulidade tomaram conta dos familiares ao descobrirem que Valmir, um trabalhador honesto, teve sua vida ceifada por um erro fatal. “Eles gritavam que meu irmão havia roubado uma mulher, o que foi provado pelas investigações que isso não existiu, então o assassinaram de forma brutal, um inocente que estava indo trabalhar”, comentou Vagner, reforçando a necessidade de se apurar os fatos de maneira justa e rigorosa.
Este julgamento será mais do que buscar a punição dos responsáveis; será um teste para o sistema de justiça, que precisa mostrar sua capacidade de reparar, ao menos parcialmente, a dor infligida à família Herculano. As expectativas são de que o processo seja conduzido com imparcialidade e que se faça justiça por Valmir Herculano, um homem cujo único “crime” foi estar no lugar errado na hora errada.