Imagens, captadas por vizinhos, também expuseram a realidade angustiante vivida pelos menores, mostrando uma das crianças, a de três anos, manipulando um cigarro. Ao conversar com o conselheiro Valmênia Santos, o menino compartilhou detalhes de sua vida precária. Ele mencionou não apenas a falta de comida, mas também o ambiente indesejável em que ele e seus irmãos se encontravam. A situação foi agravada pela revelação de que a mãe era usuária de drogas.
Os irmãos, que foram acolhidos imediatamente após o resgate, estavam em estado de extrema vulnerabilidade. O menino de dez anos apresentava um grande corte no pé e mencionou que frequentemente dormia na rua. Já os irmãos menores, uma criança de três anos e um bebê de sete meses, foram levados para uma casa de acolhimento onde receberam cuidados básicos de higiene e alimentação. Além disso, o Conselho Tutelar informou que estão tentando entrar em contato com a avó das crianças, que reside em São Paulo, para discutir possíveis soluções para o caso.
Valmênia destacou a urgência e a profundidade da situação, enfatizando que não havia família extensa disponível na localidade e que as crianças expressaram o desejo de permanecer com a mãe, mesmo diante das condições insustentáveis de vida. O Conselho Tutelar tomou medidas de proteção adequadas, pois a segurança e o bem-estar dos menores são prioritários nesse contexto.
A conselheira também abordou o fato de que, apesar de tentativas de convencer a mãe a buscar ajuda para suas questões de dependência, ela recusou tal assistência. O desespero nos olhos da criança de dez anos foi emblemático; ele parecia ter perdido a esperança e lamentou que a mãe não demonstrava interesse em mudar sua situação. A comunidade e as autoridades estão agora diante do desafio de proporcionar um futuro mais seguro e digno para essas crianças, acionando os canais apropriados na Vara da Infância e Juventude.