As agressões contra os jovens tinham início há três anos, a partir da morte da mãe. Desde que o pai assumiu a responsabilidade pela casa, as condições enfrentadas pelas crianças tornaram-se cada vez mais difíceis. Ele costumava submetê-los a punições severas, como fazê-los ajoelhar no quintal por longos períodos. Recentemente, o adolescente de 16 anos decidiu intervir em defesa dos irmãos, o que resultou em uma violenta confrontação com o pai, que não hesitou em expulsá-los de casa.
A situação só veio à tona quando as crianças buscaram ajuda externa. Assim que o caso foi comunicado às autoridades, a polícia agiu rapidamente, prendendo o pai em flagrante. Durante o interrogatório, o homem alegou estar passando por um momento difícil após a morte da esposa, mas admitiu ter perdido o controle e agredido o filho.
A delegada Talita Aquino, responsável pela investigação na Delegacia da Criança e do Adolescente, informou que o caso será analisado com rigor. Depoimentos das vítimas, familiares e vizinhos estão sendo coletados para entender a dinâmica da relação familiar e avaliar o contexto das agressões. A prioridade, segundo a delegada, é assegurar a proteção e o bem-estar das crianças.
Atualmente, os jovens estão sob a responsabilidade do primo, que não só os acolheu, mas também buscou a intervenção do Conselho Tutelar. A delegada mencionou que existem esforços em andamento para que as crianças possam ser acolhidas por familiares que possam proporcionar um ambiente seguro e amoroso.
Esse caso comovente é um alerta sobre a vulnerabilidade de crianças em situações de desamparo e a importância de intervenções rápidas e eficazes para garantir a proteção infantil em situações de risco.









