Além disso, apenas 585 mil crianças têm o esquema vacinal completo, o que equivale a apenas 4,4% da faixa etária. A adesão à vacinação é ainda menor entre as crianças de 6 meses a 2 anos em comparação com as crianças de 3 a 4 anos.
Os dados mais recentes do Ministério da Saúde indicam que, entre janeiro e agosto de 2023, 3.586 crianças menores de 5 anos foram hospitalizadas devido à Covid-19, e 93 delas faleceram. Diante desses números, o governo anunciou que as vacinas contra a Covid-19 serão incluídas no Calendário Nacional de Vacinação a partir de 2024, com prioridade para menores de 5 anos e outros grupos considerados de alto risco para a doença.
A secretária nacional de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel, alertou que a Covid-19 ainda é uma doença que exige monitoramento por parte das autoridades de saúde, especialmente diante das 584 mortes registradas em agosto de 2023. A inclusão das crianças menores de 5 anos na campanha vacinal contra a Covid-19 teve início em dezembro do ano passado, após consulta pública do governo para obter o posicionamento da sociedade civil sobre o assunto.
Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, a vacinação infantil contra a Covid-19 enfrentou grande impacto devido à propagação de fake news sobre vacinas, o que gerou hesitação por parte dos pais em imunizar seus filhos. Por outro lado, deputados críticos à gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocaram a ministra da Saúde para prestar esclarecimentos sobre a nova obrigatoriedade da vacinação contra a Covid-19 para crianças, em uma sessão na Câmara dos Deputados marcada para 28 de novembro. A discussão sobre a inclusão das crianças no plano vacinal contra a Covid-19 permanece em pauta, com argumentos e preocupações vindos de diferentes setores da sociedade.