De acordo com as autoridades locais, a criança contraiu o vírus do sarampo quando era ainda um bebê, antes de alcançar a idade mínima para receber a primeira dose da vacina contra a doença. Após alguns anos, já no contexto escolar, a criança desenvolveu a panencefalite esclerosante subaguda (SSPE), uma condição neurológica extremamente rara e progressiva, que se manifesta anos após a infecção inicial.
Essa doença devastadora causa uma destruição gradativa do tecido cerebral, resultando em convulsões, deterioração cognitiva e, em casos inevitáveis, a morte da pessoa afetada. O mais alarmante é que, apesar de seus efeitos severos, não existe atualmente um tratamento curativo eficaz disponível para a SSPE.
O sarampo, por si só, é uma doença altamente contagiosa, podendo se propagar com grande facilidade. O vírus é transmitido pelo ar através de gotículas expelidas durante tosses, espirros ou até mesmo ao falar. De acordo com especialistas em saúde pública, o vírus pode permanecer ativo em ambientes fechados por até duas horas, e uma pessoa infectada tem o potencial de contaminar até 90% das pessoas que estão ao seu redor e que são suscetíveis à infecção.
Esse caso trágico levanta um alerta sobre a importância da imunização na infância, não apenas para proteger as crianças de doenças como o sarampo, mas também para evitar as complicações severas e, em alguns casos, fatais que podem se desenvolver posteriormente. As autoridades de saúde estão fazendo um chamado à população para que mantenha suas vacinas em dia, assegurando assim a saúde das crianças e a imunidade da comunidade.