Mulher Perde Guarda da Filha de 11 Anos Após Denúncias de Agressões em Maceió
Em um caso alarmante ocorrido na parte alta de Maceió, uma mulher perdeu a guarda de sua filha de 11 anos após diversas denúncias de agressões físicas. O choque e a preocupação da comunidade se intensificaram quando a Polícia Militar comunicou a situação aos Conselheiros Tutelares da 8ª Região, que prontamente iniciaram a investigação.
Teógenes Alexandre, Conselheiro Tutelar responsável pelo caso, narrou os eventos que se sucederam durante a abordagem. Ao chegar na residência, ele encontrou a criança extremamente assustada. A mãe, ao perceber a chegada das autoridades, tentou se esconder dentro de casa na tentativa de evitar uma prisão em flagrante. O cenário encontrado foi desolador e repetitivo, com relatos de agressões graves e frequentes, geralmente desencadeadas por motivos triviais, ainda mais exacerbadas pelo consumo regular de álcool por parte da mãe.
Alexandre descreveu alguns dos incidentes que levaram à intervenção imediata do Conselho Tutelar. Em um dos episódios mais graves, a criança quase foi agredida com um facão devido à mera negligência escolar. Em outro episódio recente, motivado pela ausência de uma tarefa escolar, a criança foi novamente perseguida pela mãe com um objeto contundente. A menor conseguiu se abrigar na casa de uma tia, que a protegeu trancando a porta enquanto a mãe permanecia do lado de fora, tentando chamá-la.
Dada a gravidade da situação, a criança foi levada à Central de Flagrantes, onde foi oficializado um boletim de ocorrência. A menina foi imediatamente afastada da mãe e entregue aos cuidados da tia, sob um termo de responsabilidade expedido pelo Conselho Tutelar. Adicionalmente, foi garantido que a jovem receberá o devido acompanhamento psicológico para lidar com os traumas sofridos.
Em paralelo, o Conselho Tutelar está preparando uma Notícia de Fato que será enviada ao Ministério Público Estadual, a fim de que o caso tenha um acompanhamento minucioso. Informações perturbadoras também vieram à tona sobre o pai da criança, que, segundo os relatos, tinha conhecimento das agressões, mas adotava uma postura omissa.
O histórico perturbador de agressões não termina aí. A tia revelou que a mulher possui outra filha, agora com 15 anos, que também foi vítima das ações violentas da mãe. Essa filha mais velha chegou a fugir de casa para escapar da violência, atualmente residindo com outros familiares em um estado diferente.
O caso destaca a importância de intervenções rápidas em situações de violência doméstica e o papel crucial das autoridades e da comunidade na proteção dos menores. A sociedade aguarda com expectativa que a justiça seja feita e que as medidas adequadas sejam tomadas para garantir a segurança e o bem-estar das crianças envolvidas.