Essa não foi a primeira vez que a família de Ryan foi atingida pela violência policial. Em fevereiro, seu pai, Leonel Andrade Santos, de 36 anos, foi morto por policiais militares durante uma ação da Operação Verão no mesmo local. Leonel, que era portador de uma deficiência na perna e se locomovia com uma muleta, foi alvejado juntamente com seu amigo, Jefferson Ramos Miranda, de 37 anos. Os agentes alegaram que os dois estavam armados e dispararam contra eles.
Os familiares das vítimas afirmam que, após os tiros, os policiais bloquearam a chegada da equipe de socorro, impossibilitando qualquer chance de socorro aos feridos. Em declaração ao Metrópoles, Beatriz da Silva Rosa, esposa de Leonel, relatou o sofrimento de Ryan diante da perda do pai. A criança chegou a afirmar que desejava morrer para reencontrar seu genitor, o que causou grande comoção na família.
A Secretaria da Segurança Pública se manifestou lamentando a morte da criança e afirmou que os policiais militares foram atacados por um grupo de criminosos durante o patrulhamento na região de tráfico de drogas. Um inquérito foi instaurado para apurar os fatos e esclarecer a origem do disparo que atingiu Ryan. Esta triste ocorrência levanta questionamentos sobre a truculência policial e a necessidade de medidas mais efetivas para garantir a segurança da população, principalmente das crianças indefesas como Ryan.