Após a entrega da carta aos gestores da instituição de ensino, a pequena vítima foi encaminhada para uma escuta especializada no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) da região. Durante este atendimento, ela foi submetida a um exame de conjunção carnal, cuja conclusão confirmou o que havia sido revelado na carta. Para garantir sua segurança e proporcionar um ambiente de acolhimento, a menina foi levada para residir com uma tia.
O padrasto, de 36 anos, cometia os abusos desde que a criança tinha apenas seis anos. O tio, de 37 anos, aproveitava os momentos em que ficava sozinho com a menina em sua residência para perpetrar os crimes. O motorista, de 54 anos, abordou a criança após uma festa na comunidade, tornando-se mais um dos agressores. Um aspecto triste desta situação é o fato de que, embora todos tivessem participado dos abusos em momentos diferentes, aparentavam não ter conhecimento das ações prontificadas pelos outros.
A prisão dos três acusados ocorreu em suas residências, localizadas em uma comunidade na zona rural de Urucará, na última segunda-feira (16). Eles agora responderão por estupro de vulnerável e serão apresentados em uma audiência de custódia, onde a Justiça determinará as próximas etapas do processo. Este caso destaca a importância da conscientização sobre os abusos sexuais infantis e mostra como iniciativas educativas podem ser cruciais para dar voz às vítimas e proporcionar a elas a oportunidade de buscar ajuda. O apoio da comunidade e das instituições envolvidas é fundamental para garantir a proteção de crianças em situações vulneráveis, bem como um julgamento justo para os responsáveis pelo abuso.