No mês de outubro, em comparação ao mês anterior, houve um leve aumento de 0,1% na atividade econômica, embora esse número seja inferior ao desempenho de setembro, que registrou uma alta de 0,9%. Comparando outubro deste ano com o mesmo mês do ano passado, o crescimento foi mais robusto, alcançando 7,4%, refletindo o bom desempenho da indústria, do comércio, dos serviços e da agropecuária. Ao longo dos últimos 12 meses, a alta acumulada foi de 3,4%, com um incremento de 1,2% no último trimestre em relação ao trimestre anterior.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reiterou as expectativas otimistas do governo, prevendo um crescimento de 3,5% para o PIB ao final deste ano, enquanto a estimativa oficial é de 3,3%. Num cenário de juros elevados, a taxa Selic foi elevada de 11,25% para 12,25% ao ano na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), consagrando o Brasil como um dos países com os maiores juros reais do mundo.
Além dos dados da atividade econômica, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) também foi divulgado, mostrando uma inflação de 0,39% em novembro, resultando numa alta acumulada de 4,87% em 12 meses, ultrapassando o teto da meta estipulada pelo governo. Essa pressão inflacionária pode influenciar as decisões futuras sobre a política monetária.
Ademais, dados do IBGE indicam que o setor industrial avançou 5,8% em outubro em relação ao mesmo mês do ano passado, evidenciando uma recuperação com resultados positivos na maioria das regiões do país. No acumulado do ano, a indústria está 2,6% acima do nível pré-pandemia, indicando uma gradual recuperação e expansão econômica que pode trazer desafios e oportunidades para o governo e empresários nos próximos meses.