Entre março e maio, a economia chinesa registrou um crescimento de 1,1% em relação ao primeiro trimestre, resultando em uma taxa anual projetada em 4,1%. Este crescimento, embora um pouco abaixo da taxa do primeiro trimestre, é notável considerando o cenário desafiador das tarifas, que excederam 145% em alguns produtos americanos. As exportações para os Estados Unidos começaram a mostrar sinais de recuperação em junho, após uma breve trégua no conflito comercial, embora os números ainda estivessem abaixo do esperado. Em compensação, as exportações para mercados na Ásia, Europa e África aumentaram, ajudando a equilibrar as contas do comércio externo.
Entretanto, os desafios internos persistem. O consumo doméstico tornou-se uma preocupação, com as vendas no varejo caindo em junho em relação a maio, evidenciando a fragilidade do setor. A desaceleração do mercado imobiliário, que já sofreu uma queda de 11,2%, também restringe os gastos dos consumidores, ressaltando a dependência da China em relação à demanda externa.
Apesar destas dificuldades, instituições como a Oxford Economics revisaram suas projeções de crescimento para a economia chinesa, elevando suas expectativas de 4,3% para 4,7%. Essa revisão é um indicativo de que, apesar do excesso de capacidade e da pressão downward sobre os preços dos produtos manufaturados, o investimento em fábricas e nas infraestruturas continuou a ser uma prioridade para o governo.
Para tentar estimular o consumo interno e revitalizar a demanda, o governo chinês implementou um programa de subsídios destinado a facilitar a aquisição de carros elétricos e eletrodomésticos eficientes. No entanto, a eficácia desse programa tem enfrentado desafios, como o esgotamento de recursos em algumas regiões, levando a restrições na oferta de subsídios.
Em resumo, a China está navegando por uma fase complexa de sua economia, com medidas governamentais em andamento para estimular o crescimento e o consumo. Embora as tarifas e a desaceleração interna representem grandes obstáculos, a resiliência da economia chinesa ainda consegue surpreender analistas e especialistas do mundo todo.