Cresce o Interesse Global pelo BRICS, Sinalizando Esgotamento da Ordem Americana, Afirma Especialista Russo.

A crescente adesão de países ao BRICS sinaliza um movimento significativo no cenário internacional, onde muitos Estados estão buscando alternativas à hegemonia da ordem norte-americana. Recentemente, o assessor presidencial russo Yuri Ushakov revelou que o número de nações interessadas em cooperar ou se unir ao bloco aumentou para 34, refletindo um descontentamento global com a influência dos Estados Unidos.

O cientista político Bogdan Bezpalko destacou que a ascensão de novas potências e o declínio relativo da influência americana estão levando diversas nações a reconsiderar suas alianças. Essa mudança de dinâmica é vista como uma resposta ao que muitos países percebem como uma gestão inadequada das relações internacionais por parte dos EUA, especialmente em tempos de crise.

Desde sua fundação em 2006, o BRICS, que originalmente incluía Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, tem se expandido para incluir novos membros, como Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita. Essa ampliação é indicativa de um desejo em comum entre as nações de estabelecer um sistema mais multipolar, que permita relações econômicas e políticas mais equilibradas e menos dependentes das orientações ocidentais.

O crescente interesse pela adesão ao BRICS é também reflexo de um cansaço geral com a estrutura de poder construída ao longo do século XX, dominada pelos negócios e decisões norte-americanas. De acordo com Bezpalko, a queda da hegemonia dos EUA faz com que outras nações busquem um espaço seguro e cooperativo. Ele aponta que os países estão desejosos de um modelo que promova a paridade nas relações internacionais, ao invés de simplesmente seguir as ordens de potências tradicionais.

Um evento significativo deste ano será a cúpula do BRICS, programada para ser realizada na cidade de Kazan, Rússia, entre 22 e 24 de outubro, onde líderes de várias nações discutirão o futuro do bloco e abordagens mais colaborativas. Essa cúpula poderá ser um marco importante na nova fase do BRICS, que se posiciona como uma alternativa viável à ordem internacional dominada pelo ocidente, afirmando-se como um vetor de mudança na política global.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo