Apesar de dominar as estatísticas de posse de bola e finalizações durante a partida, essa posse se revelou ineficaz e, em alguns momentos, virou um fardo para os atletas regatianos. A falta de presença ofensiva e clareza nas decisões comprometem a capacidade do time em transformar o controle em gols.
O Vila Nova, por sua vez, demonstrou eficiência ao explorar os erros do CRB. O primeiro gol saiu aos 18 minutos do primeiro tempo, quando Gustavo Pajé aproveitou uma falha do goleiro Matheus Albino para abrir o placar com um chute certeiro. No início do segundo tempo, apenas um minuto após a volta dos vestiários, o segundo golpe: Halls, zagueiro do Vila, lançou a bola, enquanto Hayner cometeu um erro grave. Guilherme Parede fez um cruzamento oportuno para Bruno Xavier, que não hesitou em ampliar a vantagem.
A equipe da casa soube administrar o jogo com inteligência, baixando o bloco defensivo e permitindo que o CRB mantivesse a posse, sem preocupação real com os contra-ataques. Mesmo assim, o Vila teve oportunidades de aumentar o placar, mas Poveda e André Luís desperdiçaram chances claras.
Por outro lado, o CRB não conseguiu sequer criar uma oportunidade real de gol. O momento inseguro de Halls no gol adversário não foi aproveitado, e a defesa do Vila se mostrou sólida a cada investida do time visitante.
Destaca-se, ainda, a atuação de W. Formiga, que se destacou na defesa, ganhando todos os duelos e demonstrando um comprometimento admirável, inclusive assumindo uma função de zagueiro na segunda metade do jogo.
Enquanto o CRB insiste em sua estratégia centrada na posse de bola, os resultados continuam a escorregar, e o time se vê cada vez mais distante do sucesso. Luizinho Lopes, técnico do Vila, conseguiu o que muitos almejam: os três pontos essenciais. No final das contas, no futebol, o que realmente conta são os resultados, independentemente das estatísticas em campo.