CPMI do INSS é instalada sem assinatura de presidente e relator; investigação foca em descontos ilegais em aposentadorias e pensões.

CPMI do INSS é Instalada em Meio a Polêmicas e Acusações de Irregularidades

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) foi oficialmente instalada nesta quarta-feira, 20 de agosto, porém, a ausência dos nomes de seus principais responsáveis no requerimento que solicitou a investigação gerou inquietação entre os parlamentares. O senador Omar Aziz, do Partido Social Democrático (PSD) do Amazonas, assume a presidência da CPMI, enquanto o deputado Ricardo Ayres, do Republicanos de Tocantins, desempenhará a função de relator. Estranhamente, nenhum dos dois legisladores assinou o documento que deu origem à comissão.

Essa CPMI tem como objetivo investigar indícios de descontos indevidos em aposentadorias e pensões concedidas pelo INSS. O requerimento estabelece a participação de 16 deputados e 16 senadores na comissão como membros titulares. O prazo estipulado para a realização dos trabalhos é de até 180 dias, com um custo estimado de R$ 200 mil.

O senador Omar Aziz foi indicado para a presidência da CPMI em um movimento articulado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, do União Brasil. Por sua vez, Ricardo Ayres, que terá a responsabilidade de elaborar o relatório final das investigações, mantém laços estreitos com o presidente da Câmara, Hugo Motta. Esses vínculos políticos suscitam questões sobre a imparcialidade e a efetiva capacidade da comissão em abordar os casos propostos.

Especificamente, a investigação busca esclarecer um esquema bilionário de descontos ilegais que afetaram aposentados do INSS. Revelações recentes indicam que essas irregularidades surgiram a partir da constituição de várias associações fraudulentas, estabelecidas por empresários que se valeram de dados falsos para filiar vítimas e imitar instituições de defesa de direitos dos aposentados. Cientes da gravidade das acusações, que incluiram o afastamento do presidente do INSS e outros dirigentes do órgão, os membros da CPMI se comprometem a aprofundar as investigações.

Ainda no cerne da denúncia, foi exposto que essas associações frequentemente anunciavam serviços falsamente, como seguros e planos de saúde, desviando assim recursos diretamente da renda dos aposentados. Para isso, contrataram lobistas que atuavam junto ao INSS, permitindo que realizassem descontos diretos das folhas de pagamento dos associados. O cenário evidencia uma rede complexa de fraudes que demandará não apenas apuração, mas também um verdadeiro esforço legislativo para evitar que tal situação se repita, reforçando a necessidade de proteção aos interesses dos aposentados e pensionistas.

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