O convite para que ambos os diretores compareçam à CPI foi feito pelo relator da comissão, o senador Alessandro Vieira, do MDB de Sergipe. Durante este encontro, os senadores não só buscarão entender melhor a atuação da PF no combate ao crime organizado, mas também irão questionar a colaboração da instituição com a Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro, especialmente em relação aos efeitos da megaoperação policial realizada em outubro, que teve como alvo os complexos do Alemão e da Penha e resultou em um número significativo de mortes.
A CPI foi instaurada no dia 4 de novembro e é presidida pelo senador Fabiano Contarato, do PT do Espírito Santo. Composta por 11 senadores titulares e sete suplentes, a comissão tem como objetivo investigar as dinâmicas do crime organizado no Brasil, analisando não apenas as suas operações, mas também a maneira como essas organizações estão infiltradas nas estruturas de poder e segurança pública nos Estados.
Na visão do senador Vieira, a presença dos altos dirigentes da PF é crucial, pois permitirá à comissão obter um panorama detalhado sobre a força e a influência das organizações criminosas, além de discutir o impacto de suas operações de lavagem de dinheiro, que sustentam milícias e facções com atuação transnacional. A profundidade e a complexidade das questões a serem abordadas nessa sessão prometem trazer à tona não apenas dados sobre a criminalidade, mas reflexões sobre a eficácia das estratégias de combate ao crime no Brasil contemporâneo. A expectativa é que as respostas dos diretores contribuam significativamente para as seguintes fases da investigação e para a formulação de políticas mais eficazes no enfrentamento desse grave problema social.
