Estudos informaram que a influenciadora receberia 30% do lucro líquido resultante das apostas feitas por meio de um link exclusivo disponibilizado em seu perfil nas redes sociais. Essa prática, segundo o documento, enfatiza uma estrutura de ganhos que é paradoxalmente ligada às perdas dos apostadores, evidenciando a natureza viciada e arriscada das apostas, que, na essência, constituem um “jogo de soma zero”. O relatório é claro ao afirmar que, quando a casa ganha, inevitavelmente o apostador perde. Essa relação é descrita de maneira direta e sem rodeios, reforçando que os lucros de Virginia eram provenientes das dificuldades financeiras enfrentadas por seus seguidores.
Consequentemente, a CPI solicitou o indiciamento de Virginia pelos crimes de propaganda enganosa e estelionato, considerando que suas ações poderiam ter induzido milhões de seguidores ao erro. Durante o depoimento, Virginia teria apresentado apostas que não eram efetivamente reais, o que pode ter gerado uma expectativa infundada entre seus fãs.
A responsabilidade, no entanto, não recai apenas sobre os ombros de Virginia. O relatório sugere que 15 outras figuras públicas também enfrentem indiciamento, incluindo a influenciadora Deolane Bezerra. O documento ainda deve passar por votação na CPI. Se aprovado, será enviado ao Ministério Público, que irá conduzir as investigações e determinar a responsabilização penal dos envolvidos.
Esse caso levanta importantes discussões sobre a ética na publicidade digital e a responsabilidade de influenciadores em relação a suas audiências, especialmente em setores tão suscetíveis como o das apostas online. A continuidade das investigações promete esclarecer mais sobre as práticas que cercam o mundo das apostas e a quantidade crescente de influência que as personalidades digitais têm sobre o comportamento dos consumidores.