A decisão apressou o término dos trabalhos da CPI sem a formalização das propostas de indiciamento a órgãos competentes, como a Polícia Federal e o Ministério Público. Votaram contra o relatório os senadores Angelo Coronel (PSD-BA), Eduardo Gomes (PL-TO), Efraim Filho (União-PB) e Professora Dorinha Seabra (União-TO). Por sua vez, a favor da aprovação estavam a relatora Soraya, Eduardo Girão (Novo-CE) e Alessandro Vieira (MDB-SE).
Apesar da rejeição do documento, Soraya Thronicke informou que entregará os elementos coletados durante a investigação às autoridades competentes: Polícia Federal, Ministério Público e Ministério da Fazenda. “Quero que todos os brasileiros saibam que não terminou e não terminará em pizza. Eu não sou a pizzaiola”, declarou a senadora, em referência à expressão popular utilizada para indicar que nada resultou efetivamente da investigação.
O relatório que foi recusado acusava Virginia Fonseca de realizar publicidade enganosa ao apresentar ganhos irreais provenientes de apostas, enquanto Deolane Bezerra era mencionada como sócia oculta de uma plataforma de apostas e suposta integrante de uma organização criminosa. Ambas as influenciadoras têm negado qualquer irregularidade.
A defesa de Virginia Fonseca celebrou a rejeição do relatório, reiterando a confiança nas instituições e na justiça. Deolane Bezerra, até o momento, não se manifestou sobre o desdobramento da CPI.
Após sete meses de investigações, esta CPI termina seu ciclo sem um consenso claro dentro do Senado e é alvo de críticas por parte de alguns parlamentares, que apontam para a espetacularização das audiências, que contaram com a participação de influenciadores e episódios considerados constrangedores. A controvérsia gerada por esse inquérito levanta questionamentos sobre a eficácia e os métodos utilizados nas investigações relacionadas às apostas esportivas no Brasil.
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