Haddad destacou que a imposição de cortes na área da Defesa foi uma solicitação feita diretamente por Lula, evidenciando uma estratégia do governo em equilibrar as contas públicas diante de um cenário econômico desafiador. Segundo o ministro, a repercussão dos cortes será sentida, especialmente na previdência dos militares, e embora os cálculos precisos sejam complexos devido à falta de dados completos, ele acredita que os impactos serão um pouco superiores ao que se estima.
A pressão do mercado financeiro tem sido um fator crucial na definição das políticas econômicas do governo. Nos últimos dias, o dólar apresentou forte alta, chegando a quase R$ 6, o que gerou um clima de urgência por medidas que tranquilizassem os investidores. Em resposta, Haddad informou que as propostas de cortes já foram entregues aos presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, e que um texto detalhado será apresentado até a próxima terça-feira (26).
O ministro ressaltou que o pacote de cortes é adequado e garantirá o cumprimento do arcabouço fiscal do país, considerado essencial para a sustentabilidade financeira a longo prazo. Ele concluiu que o objetivo do governo é restaurar o equilíbrio orçamentário e, ao mesmo tempo, criar um ambiente propício ao crescimento econômico, cujo sucesso dependerá de uma gestão rigorosa e disciplinada das contas públicas. Em meio a essa turbulência econômica, a comunicação sobre as medidas será decidida em reunião com Lula na segunda-feira, o que promete ser um momento de definição para a política fiscal brasileira.